Ouvi hoje a CBN noticiar que o desembargador federal, Doutor Poul Erik Dyrlund, na qualidade de Requerente, havia, dias atrás, encaminhado Pedido, à sua Repartição, solicitando ser indenizado por 60 dias de férias não gozadas.
Posteriormente, ele mesmo veio a julgar seu Requerimento, tendo deferido positivamente o próprio pedido.
A notícia falava, ainda, que “perguntado, disse que não via conflito de interesse nesse ato, porque ele próprio já havia, anteriormente, julgado pedidos similares”.
Esse fato me fez lembrar acontecimento parecido —mas muito diferente— ocorrido com o Dr. Newton Maia, Diretor da EEP no nosso tempo de Escola.
Naquela época, a estrutura da Universidade do Recife não comportava o cargo de Pró-Reitor. Por isso, nas ausências do Reitor, era convocado, para substituí-lo, o Diretor de uma das faculdades que compunha a UR.
O fato é que o Dr. Newton Maia, em 1962, na qualidade de Diretor da EEP, havia enviado requerimento à Reitoria solicitando uma verba para ser aplicada na complementação da implantação do Núcleo Eletromecânico da Escola. Ocorre, que, dias depois desse encaminhamento, o Reitor, Dr. João Alfredo, tendo que viajar a Brasília, convocou o Diretor da Escola de Engenharia para substituí-lo.
Nesse ínterim, o pedido do Dr. Newton Maia havia tramitado e chegado à Reitoria, para apreciação.
E o que aconteceu quando o Dr. Newton Maia recebeu seu próprio pedido, agora na qualidade de Reitor em Exercício?
Simplesmente o negou!
Como faz falta, nos dias de hoje, Homens como o Dr. Newton Maia.