É melhor cooperar do que competir?
“Antes, entendia-se que, a partir de uma importância estabelecida, o que quer que uma pessoa ganhasse, a outra perdia. Por conta disso, jogar era visto apenas como uma formalidade. Com o tempo, o fato de haver ganho ou perda e a importância daquilo que estava em jogo se tornaram interesse de estudos (John Nash) ”.
A vida de John Forbes Nash Jr. foi contada no filme Uma Mente Brilhante, de 2001. Ele já havia ganho fama nas Ciências, especificamente na Teoria dos Jogos.
De início, os estudos na área usavam jogos em que os participadores deviriam tomar decisões baseados em escolhas dos seus opositores. Os pesquisadores desenvolveram funções matemáticas que explicariam vantagens ou desvantagens da competição ou da cooperação entre os jogadores. A pesquisa de Nash encontrou o ponto de equilíbrio desse embate entre competição e cooperação, que passou a ser chamado Equilíbrio de Nash.
Um dos mais célebres exemplos das aplicações do Equilíbrio de Nash é o aproveitado no jogo “Dilema do Prisioneiro”, em que dois homens são presos, acusados de terem cometido o mesmo delito. Não há provas contra nenhum deles, que são inquiridos separadamente e animados pela polícia a delatar um ao outro, recebendo em troca a liberdade.
Existiria, então, duas alternativas: calar-se ou acusar o outro. Se os dois se acusam reciprocamente, são, do mesmo modo, condenados; se calam, são libertados. Mas, a suspeição de um implicado sobre a decisão que o outro poderia adotar majora a probabilidade de os dois se delatarem, o que possibilitaria o pior resultado: a prisão dos dois.
A melhor saída para os dois players é a de menor probabilidade, pois exige cooperação cega, dado que eles não dialogam a respeito. Assim, o mais plausível é que eles se delatem, pois ambos têm mais a ganhar apontando o outro.
O Equilíbrio de Nash comprova que nenhum jogador pode melhorar seu resultado com uma ação unilateral. Nesse caso, se um implicado —que tende a acusar o outro— muda por si só sua estratégia e resolve cooperar com a justiça, ele “perde” no jogo e é preso.
O conceito sugerido pelo matemático Nash é basilar na Teoria dos Jogos e é um dos procedimentos mais frequentes nas Ciências Sociais para estimar o efeito de uma troca estratégica.
A partir desse entendimento, o trabalho de John Nash contribuiu para o bom emprego de conceitos genuinamente matemáticos a diversas campos do conhecimento, que apresentem circunstâncias comparáveis a jogos, entre as quais a Economia, a Antropologia, as Ciências Políticas e a Biologia. (Fernando Ribeiro de Gusmão – 20/07/2019).
Colega que nos deixa cheios de saudades de uma pessoa pura, boa, da melhor qualidade. Vamos sentir muita falta dele.
No universo das Letras, Campina Grande concebeu nomes respeitáveis: Dione Barreto, Bráulio Tavares, Jessier Quirino, José Teles e Orlando Tejo, para citar só um quinteto que beijou as flores da Serra. Fernando Ribeiro de Gusmão, outro galo de campina, demonstra o mesmo apelo dos conterrâneos e, tal os tropeiros da Borborema, tem as alpercatas gastas pelo piçarro das trilhas. Nos escritos dedica-se ao conto, gênero insurreto ao império da verborragia, conforme lembra, enfático, Edgar Allan Poe. Este “Contos da Borborema e arredores”, traz duas chancelas expressivas: a da escritora Lourdes Rodrigues, expert na condução de claricianos, e a de Fernando Pessoa, não o do além mar, mas o do aquém, o das Pedras que cantam por aqui. A leitura seduz desde “A rosa de Taperoá” e outros textos que vestem a trama do realismo mágico revelado por um certo Senhor Guarda-Roupa ou que desnudam protagonistas insólitos, em histórias tanto hilárias quanto curiosas, surpreendentes: Frei Chiquinho, O amarelinho cearense (de ascendência chinesa) e a prostituta Dandara. A publicação traz o selo da Editora Nova Presença, projeto visual de Ricardo da Cunha Melo e impressão da Luci Artes Gráficas Limitada. Os exemplares podem ser adquiridos na internet Amazon. *Paulo Caldas é escritor
https://youtu.be/DAmucV3DZV0
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