Quarta-feira, 31 de Maio de 2017

Carta de Lula Baltar para Zé Artur

Em 31/05/2017 13:45, Luiz Baltar escreveu:

Meu caro Zeartur

 

Desculpe a demora na resposta. Estive adoentado, vindo pouco ao escritório e a minha internet em casa está um desastre.

Passo aos assuntos de sua mensagem.

Quanto ao Velho Chico seguem algumas observações que me parecem relevantes:

1 – A transposição não é panaceia que resolva todos os problemas do semiárido, mas pode trazer benefícios para segmentos importantes da população da região. Há certamente muitas outras ações envolvendo inclusive a utilização das águas já armazenadas em muitos reservatórios. Aliás, a melhor utilização de alguns desses reservatórios, pela menor dependência do irregular regime de chuvas na região, é um dos argumentos dos defensores do projeto. E nesse ponto não me parece que estejam errados. As minhas principais críticas ao projeto de transposição estão na mensagem que fiz ao Gusmão, a partir da leitura de um comentário que me pareceu muito lúcido do Feijó (ambos estão no blog).

2 – Em algum momento anterior os críticos mais radicais do projeto chegaram a colocar em pé de igualdade o projeto de transposição e o programa de cisternas. Parece-me um grande equívoco. Os dois são importantes e um não substitui o outro. O programa de cisternas é extremamente útil, mas não se destina a resolver os mesmo problemas invocados no projeto da transposição.

3 – Além do programa de cisternas, considero que a sua experiência na Fazenda Caroá (CBZ) deveria ser disseminada, para que áreas muito maiores pudessem se beneficiar. Para isto os possíveis beneficiários precisariam de apoio dos governos, nos três níveis. Infelizmente isto não ocorreu (que eu saiba, nem ontem nem agora).

4 - Há alguns anos, outro projeto que me pareceu interessante e que teve inclusive algum apoio do Governo Arraes (no final da década de 1980) foi o das barragens subterrâneas nas aluviões dos rios intermitentes. Sei que havia ainda alguns aspectos a serem resolvidos, tais como, por exemplo, a questão da possível salinização, mas a ideia me parecia promissora.

5 – Ao que me parece, nenhum desses projetos, todos importantes, resolve isoladamente todos os problemas do semiárido.

6 – Quanto à questão da qualidade da água do São Francisco é importante destacar que, desde sempre, para utilizá-la como água potável se necessita de tratamento. Por outro lado, é importante atentar para o fato de que a poluição é significativa nas proximidades de cada aglomeração urbana, mas que qualquer rio tem uma determinada capacidade de autodepuração que depende da relação entre a vazão do rio e a carga poluidora. Só para exemplificar, consideremos uma aglomeração de 500.000 pessoas (creio que não existem muitas desse porte na bacia), com uma contribuição média de esgotos de 0,15 m³/pessoa dia (muito maior do que o valor da RMR, considerando o consumo médio medido de água – algo como 0,08 m³/pessoa dia). Essa comunidade produziria, em média, 0,87 m³/seg. de esgotos sanitários. Comparando este valor com a vazão atual do rio de 700 m³/seg. (muito baixa) tem-se uma relação de 1:806 que é uma diluição significativa em termos de autodepuração. Mesmo assim o tratamento é necessário. É necessário considerar também a poluição por outros tipos de esgotos, não domésticos.

7 – O que quero dizer com o que está escrito no item anterior é que é necessário realizar o tratamento dos esgotos das comunidades da bacia, principalmente as de maior tamanho, e mesmo depois que isto se torne realidade é preciso tratar a água que venha a escoar na transposição, em se pretendendo que seja considerada potável. Creio que, desse ponto de vista, os canais da transposição seriam rios, como quaisquer outros.

Quanto à APE, agradeço ao amigo as referências ao meu saudoso pai. Sem querer ser pretensioso, creio que ele merece a homenagem. Para nós a homenagem torna-se ainda mais importante, tendo sido informados de que os amigos Antonio Carlos e João Paulo, fizeram referência ao desejo de tê-lo como patrono. Os dois irmãos, como pessoas e como profissionais, merecem todo o nosso respeito e admiração.

Grande abraço

Lula Baltar

publicado por Fernando Gusmão às 21:25
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Domingo, 21 de Maio de 2017

Galileu Galilei, fundador da Engenharia Mecânica

Considero Galileu Galilei o fundador da Engenharia Mecânica e o maior dos engenheiros mecânicos que já existiu.

De nacionalidade italiana, nasceu em Pisa em 1564 e morreu em Arcetri, em 1642. Galileu, na mocidade, dedicou-se às letras, escrevendo sobre Dante e Tasso.

Mais tarde, observando as oscilações dos lustres na catedral de Pisa, descobriu as leis do pêndulo. Ensinou, essas leis quando docente de Matemática na Universidade de Pisa. Transferindo-se para a Universidade de Pádua, formulou, em 1602, as leis da queda dos corpos, descoberta que fundou a Mecânica.

Tendo ouvido falar do desenvolvimento, na Holanda, do primeiro telescópio, construiu em 1609 um desses instrumentos e fez com ele notáveis descobertas astronômicas: a composição estelar da Via Láctea, os satélites de Júpiter, os "braços" de Saturno, as manchas do Sol e as fases de Vênus.

Todas essas descobertas foram comunicadas ao mundo no seu livro Sidereus Nuntius (Mensageiro das Estrelas) de 1610. A observação das fases de Vênus converteu-o ao sistema heliocêntrico de Copérnico. No entanto, esse sistema foi considerado pela Igreja incompatível com os textos bíblicos e Galileu, por isso, foi chamado a Roma, em 1611, para defender-se da acusação de heresia. Nessa ocasião, conseguiu não ser condenado. Porém, em 1616 teve de assinar um decreto da Inquisição que declarava ser meramente hipotético o sistema heliocêntrico.

Em 1623, publicou o Saggiatore (Experimentador) para combater a física aristotélica e estabelecer a matemática como fundamento das ciências exatas.

No “Dialogo dei massimi sistemi” (Diálogo sobre os grandes sistemas do universo), de 1632, voltou a defender o sistema heliocêntrico. Acusado, então, perante a Inquisição, por ensinar a teoria herética do movimento da Terra, foi condenado em 1633 à prisão domiciliar e proibido de publicar livros. Para escapar da fogueira, teve que se retratar.

Pertence a essa ocasião a lenda da afirmação de que ele teria comentado baixinho, quando dessa sua retratação perante o tribunal eclesiástico: "Eppur si muove" (no entanto, se move). A partir daí, Galileu passou os últimos anos da vida retirado em sua vila, perto de Florença, escrevendo Discorsi e dimostrazioni matematiche in torno a due nuove scienze (Teorias e provas matemáticas sobre duas novas ciências) publicado em 1634, obra fundamental da Dinâmica, outro capítulo da Mecânica. (Fernando Gusmão).

publicado por Fernando Gusmão às 16:33
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CARTA DE LULA BALTAR

19/05/2017

Meu caro Fernando

 

Primeiramente obrigado pela atualização do blog que nos traz informações importantes, não somente sobre a nossa turma. Muito boa a sua matéria sobre a informática em PE.

Li com atenção a carta do Prof. Feijó ao nosso prezado colega Carnaúba, sobre a transposição. Como sempre uma opinião lúcida e equilibrada. As referências à relação entre a revitalização e a transposição são perfeitas.

Passei mais de 40 anos dessa nossa já cinquentenária vida profissional trabalhando com sistemas públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário e com a prestação desses serviços. Dessas quatro décadas, mais de duas delas no semiárido nordestino, em áreas de agreste e sertão, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Nesse período fiz algumas incursões no campo da produção e transporte de água para uso agrícola, na bacia do São Francisco, em Pernambuco e na Bahia. Hoje, conquanto ainda esteja trabalhando, a minha principal atividade é acompanhar o desenvolvimento dos netos.

Por essa vivência anterior me arrisco a opinar (ou “palpitar”) sobre a transposição das águas do Rio São Francisco, obra que tem gerado muita polêmica. Tenho minhas ressalvas ao projeto, mas elas não se referem à quantidade de água que se pode retirar do Velho Chico, se for obedecido o que está projetado. Esse argumento tem sido utilizado por muitos críticos da obra - de forma indevida, em minha opinião. Estou certo que a obra trará importantes benefícios e não vai “matar” o rio, mas há questões ainda por serem resolvidas.

De fato, não fora a diminuição da vazão do rio, que ocorre no presente momento, em decorrência de outros equívocos tais como, por exemplo, o desmatamento, a exploração descontrolada de aquíferos responsáveis por parte da vazão de base do rio e a operação inadequada da represa de Sobradinho, tal como destaca o Feijó, as retiradas previstas no projeto da transposição seriam, em termos de quantidade, absolutamente aceitáveis, se forem respeitadas as condições limite estabelecidas. Arriscaria dizer que o erro de medição da descarga de Sobradinho pode ser maior do que vazão mínima prevista para a transposição (26 m³/s).

Sobre as questões a resolver, refiro-me a outros aspectos que, segundo me parece, ainda precisam ser tratados de forma mais adequada. O primeiro deles é a explicitação do custo da água e quem vai pagar por ele. Não foi suficientemente demonstrado para a população o valor desse custo. Circularam informações segundo as quais esse valor seria da ordem de algumas dezenas de centavos. Somente o investimento, trazido a valor presente a uma taxa de desconto compatível com as taxas de juros do BNDES, já representaria valor bem superior a R$ 1,00/ m³.

Com efeito, o custo da água a ser disponibilizada ao longo dos canais é muito elevado, em decorrência do alto investimento e do significativo custo operacional, especialmente o custo da energia a ser consumida. Obviamente, na região, a maioria dos possíveis beneficiários dessa água, para consumo humano, terá dificuldade para pagar esse custo, sobretudo as populações periféricas e as de pequenas comunidades. Mesmo para a atividade agrícola, o custo do insumo água nas condições da transposição é muito elevado e, se o produtor for pagá-lo integralmente vai haver reflexo no preço dos produtos.

Não me lembro de ter visto qualquer discussão sobre quem bancará o subsídio que será inevitável e a quem ele se destina. Poder-se-ia, eventualmente, aceitar que toda a população nacional o bancasse, em sendo para o consumo essencial da população mais carente de áreas da região Nordeste onde a disponibilidade hídrica é mínima. Mas seria razoável subsidiar grandes produtores, ou mesmo toda a população de grandes centros urbanos, independentemente de suas rendas? Creio que não seria. Que reflexo terá o custo dessa água sobre a tarifa do sistema de abastecimento de cidades de maior porte, tais como Campina Grande, por exemplo, para citar somente a mais em evidência no momento? Seria razoável toda a população do País subsidiar o preço da água nessas cidades, para toda a sua população? No sistema tarifário vigente para os serviços de água que subsidia o consumo e não o consumidor vai ser difícil tratar desta questão, sem que se beneficie usuários de renda mais elevada que não necessitam do subsídio.

O tamanho da população potencialmente beneficiária é outro aspecto em relação ao qual tenho dúvidas. Não me parece que existam tantos milhões de pessoas quanto o que se anuncia, no caminho das águas a serem transpostas. Aparentemente, no universo proclamado estão incluídas populações de grandes cidades do interior nordestino e, neste caso, é preciso questionar se a necessidade das águas do velho rio não decorreria de má gestão e ineficiência dos sistemas públicos existentes. Não são incomuns, no Brasil, sistemas operando com elevadas perdas (algumas vezes superiores a 50% do volume produzido). Nesse total incluem-se perdas físicas, ou reais (água produzida que não chega ao consumidor), e perdas comerciais, ditas aparentes (água chega ao consumidor, mas não é faturada), que também contribuem para o consumo desnecessário e o desperdício, resultando ambas na necessidade de maior produção, para a mesma quantidade de consumidores atendidos. O custo unitário para obter a redução e controle dessas perdas é menor do que o preço do m³ trazido de tão longe e vencendo grandes desníveis, à custa de energia elétrica.

Talvez existam, mas não as conheço, regras definidas de como se pode ter acesso à água transposta. Qualquer um pode acessá-la, de qualquer forma e em qualquer volume? Não deveria ser assim. Nesse caso, o que ocorre com os potenciais usuários que estão situados águas abaixo, se grandes consumidores, a montante, resolvem retirar grandes vazões? Essas regras precisariam existir e, antes disso, deveriam ter sido discutidas previamente com potenciais beneficiários. Como administrar os conflitos?

Numa visão ainda mais geral, pode-se afirmar, sem receio de erro, que a gestão de grandes linhas condutoras de água, especialmente em regiões onde esse é um recurso muito escasso, sempre foi um grande problema a ser resolvido. A experiência existente, em vários estados do Nordeste, assim o demonstra. Não me parece que esteja equacionado no caso da transposição. Nem sequer se tem a definição precisa de que órgão será responsável por essa difícil tarefa. E essa tarefa é tão mais difícil quanto menos se tiver discutido as regras de acesso.

A valorização das terras ao longo do caminhamento dos canais também é uma questão sobre a qual caberia uma análise e uma tomada de providências que eu não sei se ocorreram. Há uma pergunta que não quer calar: Neste caso, quem estará se beneficiando do grande investimento público e do consequente subsídio que, provavelmente, toda a população vai pagar? Não tenho informação suficiente sobre este tema, mas ao que me parece, não será a maioria da população da região.

Além desses aspectos, quando fui a Monteiro – PB, na ocasião em que lá esteve o ex-presidente Lula, pude verificar que ainda há acabamentos a serem feitos nas obras dos canais para que não venham a deteriorar rapidamente. Para que a água chegue efetivamente a toda a população que dela necessita é provável que ainda sejam necessárias obras complementares.  Isto não diminui a importância do que já foi feito.

Diante dessas preocupações parece-me evidente que a obra é necessária e trará grandes benefícios, mas alguns aspectos de gestão e complementos de obras de engenharia ainda devem ser equacionados.

Grande abraço

Lula Baltar

<lbaltar@abfengenharia.com.br>

publicado por Fernando Gusmão às 15:45
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Sábado, 20 de Maio de 2017

Sobre a Informática em Pernambuco (2)

 

Até a década de 1970, os computadores em Pernambuco tinham a concepção de “mainframes” e mantiveram-se restritos a governos e universidades. Nesse mesmo período, o regime militar instituiu a reserva de mercado de informática com a perspectiva de desenvolvimento da indústria nacional. Foi quando surgiram as primeiras empresas de suporte e desenvolvimento de soluções para demandas do mercado de TI até, então, inexistentes.

Nessa época, o Dr. Osvaldo Coelho, então Secretário Estadual da Fazenda, do governo Nilo Coelho (1967-1971), criou —com muito empenho— em 20 de maio de 1970, o CETEPE - Centro de Prestação de Serviços Técnicos de Pernambuco, importante instituição na vida do nosso Estado, como órgão encarregado de disseminar a informática pela administração pública de Pernambuco. O CETEPE induziu em Pernambuco o advento de um amplo programa de treinamento na área de análise de sistemas, em convênios com várias universidades do País e do exterior, que muito ajudaram no atendimento da demanda de especialistas, não só pela administração pública, mas serviu igualmente de suporte a diversas empresas privadas, entre elas o Banorte, a CHESF e o Grupo João Santos.

Naquele contexto, as necessidades do mercado por mão-de-obra especializada levaram a Universidade Federal de Pernambuco - UFPE a criar, em 1974, no âmbito do Departamento de Estatística e Informática, do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), o Curso de Graduação e o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. Consequentemente, surgiu entre nós a categoria profissional de técnicos especializados em manutenção e programação de computadores.

No lado da iniciativa privada existe um registro indispensável em qualquer abordagem da história do desenvolvimento da Informática em Pernambuco: o notável, singular e brilhante empresário pernambucano Adson Carvalho, nascido no Pará, órfão aos 3 anos, criado por um tio sapateiro, que, tendo emigrado para Pernambuco, estudado Engenharia e trabalhado na IBM como programador, analista e gerente de informática, fundou, em 9 de junho de 1975, em Recife, a IT - Companhia Internacional de Tecnologia, com recursos próprios da ordem de US$ 16 mil.

De início, a IT atendia sua clientela de serviços de processamento de dados utilizando, em regime de part-time, os computadores da RFN - Rede Ferroviária do Nordeste. Com a rápida expansão da empresa, Adson Carvalho, já no início de 1976, adquiriu seu primeiro computador, um IBM/3, com 4Kb de memória (hoje, qualquer notebook tem mais de 4 megas bytes de memória). Mais tarde, em 1986, a IT, já com mais de 70 clientes e com cinco computadores de maior porte, chegou a possuir um quadro de pessoal que comportava cerca de 80 técnicos e, em 1995, noticiava uma previsão de faturamento de US$ 100 milhões.

Adson Carvalho empenhou-se, nessa época, em um esforço descomunal para trazer para Pernambuco o primeiro supercomputador da América Latina, um Cray-1A, da Cray Research, de Colorado Springs, EE.UU., que operava com refrigeração por fréon, processadores vetoriais de 80 megahertz, sistema de 64 bits e pesava 5,5 toneladas. Mesmo com todo esse tamanho, o Cray-1A tinha, somente, 8 MB de memória RAM.

Ocorre que esse modelo de computador era, então, utilizado pela NASA - National Aeronautics and Space Administration, dos EE.UU. Por isso, o governo americano, por razões estratégicas, não permitiu a exportação do equipamento para o Brasil e o esforço de Adson Carvalho restou, infelizmente, infrutífero. (Fernando Gusmão)

publicado por Fernando Gusmão às 17:58
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