Na cultura, o "Peso da Hierarquia" faz com que comportamentos e atitudes praticados por níveis mais altos afetem definitivamente seus subordinados. Daí surgem as conhecidas constatações: "o exemplo vem de cima" ou “a palavra induz e o exemplo arrasta”.
Por isso, vemos -na prática- que a corrupção das nossas autoridades, não só evoca, mas, pior, provoca e determina a corrupção dos seus subordinados.
Em outras palavras: quando um superior hierárquico não cumpre com a Lei, seus dependentes se sentem com o direito e -quase que- com a ”obrigação” de fazer o mesmo.
A maioria sabe que muitas empresas privadas aqui e pelo mundo afora faliram por conta desse fato.
E é evidente que esse mesmo mecanismo também explica a destruição, tanto de famílias, como de países, como, entre outros, é o caso da Venezuela, do Rio de Janeiro, seguido pelo resto do nosso País. (Fernando Ribeiro de Gusmão).
Não brinca em serviço! No campo ou no bar…
SOBRE A HISTÓRIA DA INFORMÁTICA EM PERNAMBUCO
O CRAY 1A
Fato que não pode ser esquecido sobre o início da Informática em Pernambuco ocorreu no começo dos anos 80 quando o engenheiro paraense/recifense Adson Carvalho — fundador e principal executivo da IT - Companhia Internacional de Tecnologia, daqui, de Recife, cismou de trazer para o Brasil o primeiro supercomputador a ser instalado na América Latina, sonho de um visionário que muito acreditava em Recife como polo de serviços computacionais.
Sua saga começou com viagem, em 1984, para Mineápolis - USA, para visitar a sede da Cray Research, fabricante do CRAY 1A, lançado em 1977, o maior computador então existente no mundo, utilizado por grandes companhias e pela NASA - Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, dos EE.UU.
Para realizar seu sonho Adson precisava, de início, de duas coisas: da licença do Departamento de Defesa do Governo Americano e do apoio da SEI - Secretaria Especial de Informática, do governo brasileiro. O apoio da SEI ele, depois de muito ralar, acabou conseguindo, basicamente por conta da amizade que fez com o, então, embaixador do Brasil em Washington, Marcílio Marques Moreira.
No entanto, a licença do Departamento de Defesa americano foi outra história. Principalmente porque esse supercomputador era, inclusive, usado para construção de artefatos atômicos, cálculos de balística e para atendimento de outras demandas das forças armadas americanas. Tentando autorização dos americanos ele fez, naquela época, cerca de vinte viagens a Washington - DC. Foi inclusive, objeto de interrogatórios intermináveis por parte do governo americano e desconfiava que até seu telefone tinha sido grampeado. Confiando no crescimento da informática em Pernambuco gastou muito do seu tempo e do seu dinheiro. Ainda hoje muita gente se pergunta por que Adson investiu tanto nesse projeto, persistindo e se desgastando em um negócio por todos considerado muito difícil. Uma vez ele me disse: “é uma coisa que tenho que fazer”. Depois de dois anos de muito trabalho, finalmente recebeu uma carta do Governo americano, de apenas quatro linhas, dizendo que seu pedido tinha sido indeferido.
Curioso observar que o CRAY 1A, que tanto encantou Adson Carvalho, tinha, para a época, a enorme capacidade computacional de 160 MegaFlops ou seja, era capaz de executar 160 milhões de operações de ponto flutuante por segundo. Mas, pesava 5 toneladas e meia e custaria, a dinheiro de hoje, aproximadamente 32 milhões de dólares. Hoje, segundo a última postagem no blog do Sílvio Meira, a INTEL anunciou o lançamento do Core i9 Extreme Edition (i9-7980XE), um minúsculo chip, que custa apenas 1.999,00 dólares, mas é 6.000 vezes mais rápido que o supercomputador CRAY 1A, sonho do velho amigo Adson Carvalho. (Fernando Ribeiro de Gusmão)
Fernando, organizando meus arquivos, encontrei uma reportagem do Diário de
Pernambuco do dia 16/01/1968, sobre o desaparecimento de Rui Frazão, que
acredito que você já teve conhecimento.
Esse arquivo é importante para ser divulgado para as novas gerações que não
tem conhecimento de quem era Rui Frazão, de sua luta, seus ideais, seu
caráter, seu carisma, sua eloquência quando falava, sua liderança, e fatos
da sua vida pessoal e como aconteceu sua morte pela ditadura.
Vivo estivesse estaria contribuindo em defesa das causas sociais e o Brasil
perdeu um grande homem.
Lembro-me ainda de um último diálogo que tive com ele, na antiga cantina que
situava-se em baixo do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia em 1966,
quando o mesmo cursava o último ano do curso de minas, juntamente com
Zémario(recentemente falecido), Carlos Eugênio, Raimundo (natalense), Alfeu
Valência(único pernambucano que foi Ministro de Minas e Energia), do
cearense Chico Pessoa e outros que não me lembro dos nomes. Rui não chegou a concluir o curso devido à perseguição dos órgãos de repressão, mas nessa oportunidade quando lamentei o período que estávamos passando, com a prisão de vários colegas, comentou que um país não se forma com apenas uma geração, e naquele momento ele previu que se passariam mais 50 anos para que tivéssemos um pais mais justo socialmente e uma democracia autêntica.
Desde essa época já se passaram 57 anos e continuamos na mesma situação, ou talvez pior, mas é isso, e temos que acreditar em seu sonho e os nossos
também e temos que continuar a luta para que isso se realize, não para a
nossa geração, mas para os nossos filhos
e netos.
Em sua homenagem, quando da conclusão do curso, da sua turma na solenidade no Teatro Santa Isabel, que não houve discurso do orador Cristovam Buarque que tinha sido proibido pelo governo, e, quando o mestre de cerimônia chamou o último nome da turma todos se levantaram e gritaram FALTA RUI FRAZÃO!
Como lembrança justa da sua passagem na terra o seu colega de turma Alceu
Valença se emocionou bastante, quando voltou a encontrá-lo novamente depois de muito tempo, em uma pequena rua na Barra de Tijuca, uma placa com o nome de RUI FRAZÃO.
Caso julgue válido, divulgue essa reportagem para os nossos colegas e
para que as novas gerações conheçam quem era Rui Frazão.
Abraços
João Prado
Hoje seria o aniversário de Zé Mário. Essa fotografia foi no ano passado nos 80 anos dele. (Celso Valença).
A empresa privada no divã é um livro do consultor Fernando Ribeiro Gusmão, publicado em 2015 pela Chiado Books. O livro aborda a influência do inconsciente organizacional nos processos de mudança e gestão das empresas. O autor utiliza conceitos e procedimentos da psicanálise para analisar os desafios e as oportunidades que as empresas enfrentam em um cenário de constantes transformações. O livro se baseia na experiência do autor como consultor de empresas e como psicanalista, e apresenta casos reais de organizações que se beneficiaram da aplicação da teoria do inconsciente pessoal, fundada por Sigmund Freud, para superar dificuldades e alcançar melhores resultados. O livro é destinado a gestores, consultores, estudantes e interessados em compreender melhor o comportamento humano nas organizações.
Da nossa festa de formatura. Do arquivo pessoal de Cristóvão Buarque
"Hoje, domingo, 28/08/2022, nós estamos o dia inteiro em Aldeia pois Nara está retornando do fórum internacional de Museus, onde foi uma das
quatro palestrantes principais do mundo inteiro, para orgulho nosso e de todo mundo.
Eu sinto muito orgulho dela pois, apesar de todas as adversidades da vida , como mulher, mãe ,nordestina, fez carreira solo, nunca abdicando de suas convicções e valores pessoais e de sua fidelidade ao IRB
Field of lights é o nome dessa instalação que visitamos em Paso Robles, no interior da Califórnia. Difícil encontrar palavras para descrever. E por mais bonitas que sejam as cenas, nada como ver ao vivo. O artista plástico Bruce Munro colocou 58.800 lâmpadas fotovoltaicas num campo e… pronto. A mágica foi feita. No por do sol, as luzes vão se acendendo e quando a noite chega o espetáculo se completa. 😍 Inesquecível.
Field of lights é o nome dessa instalação que visitamos em Paso Robles, no interior da Califórnia. Difícil encontrar palavras para descrever. E por mais bonitas que sejam as cenas, nada como ver ao vivo. O artista plástico Bruce Munro colocou 58.800 lâmpadas fotovoltaicas num campo e… pronto. A mágica foi feita. No por do sol, as luzes vão se acendendo e quando a noite chega o espetáculo se completa. 😍 Inesquecível.
Prezado Carnaúba
Muito oportuno este seu registro sobre uma das grandes tragédias provocadas pelas "águas" na nossa cidade do Recife, há exatos 66 anos. Há, entretanto, uma grande diferença daquela tragédia em relação a esta que nos atingiu agora, nos últimos dias. Lá, em 1966, o problema ocorreu devido a uma grande enchente do rio Capibaribe, provocada por chuvas no interior (Região Agreste e Zona da Mata Norte), conforme você citou. Naquela ocasião, as chuvas no Recife foram moderadas, sem causarem maiores problemas. A enchente do Rio, ao contrário, cobriu várias partes do Recife, incluindo até bairros nobres e provocou grande destruição, inclusive porque as águas ficaram altas por vários dias.
Eu, pessoalmente, cheguei a ser considerado por familiares como "desaparecido", porque fiquei três dias ilhado no Bairro do Cordeiro, próximo à Av. Caxangá, sem qualquer chance de comunicação com ninguém. O meu "fusquinha" foi totalmente coberto pelas águas, pois a Av. Caxangá parecia mais um "grande afluente do Capibaribe". Felizmente havia conseguido abrigo com alguns conhecidos em um apto. no primeiro andar de um bom edifício daquele bairro, onde ficamos até às águas baixarem.
Vale a pena recordar que depois daquela cheia as autoridades "competentes" (?) criaram uma Comissão para estudar o problema das recorrentes cheias que atingiam o Recife. A Comissão foi liderada pelo nosso Saudoso Professor da Escola de Engenharia, Gerson Teixeira da Costa, por sinal um alagoano, registro, comprovado especialista no assunto. Em resumo, recordo que a Comissão definiu que para controlar as referidas enchentes seria necessária a construção de três barragens na bacia do Capibaribe. A principal, no leito do próprio Capibaribe, denominada Barragem de Carpina, e mais duas outras em afluentes. Uma no Rio Tapacurá, próxima à Cidade de Vitória de Santo Antão, e outra no Rio Goitá, na área da Mata Norte.
Muito bem, cadê o dinheiro? Construiu-se apenas a Barragem de Tapacurá, inclusive porque o seu reservatório ia ser aproveitado também para fazer o abastecimento d'água do Recife, que já andava muito deficitário.
RESULTADO: Chegou 1975 e o Recife enfrentou a maior cheia do Capibaribe de que se teve notícia. Tapacurá sozinha não resolveu e até tornou-se caso de uma outra "quase" tragédia quando, logo após a enchente, surgiu a notícia falsa de que a Barragem de Tapacurá se havia rompido e o volume d'água liberado abruptamente iria destruir o Recife. A loucura que atingiu quase toda população da Cidade foi indescritível. É um "fato" que ficou na história da Cidade.
Depois dessa enchente de 1975 o Governo Federal então viabilizou o dinheiro e as Barragens de Carpina e Goitá foram construídas rapidamente. Desde então desapareceram as enchentes que periodicamente assolavam o Recife. Nunca mais aconteceu. Particularmente, em 2010, quando houve um período de muitas chuvas em quase todo o Estado de PE, inclusive provocando muita destruição na área da Mata Sul (Barreiros, Catende, Palmares, entre outras cidades), foram observadas grandes afluências às três barragens acima citadas, as quais se encheram completamente e controlaram a liberação da água conforme projetos, evitando assim que mais uma enchente do Capibaribe viesse a atingir o Recife, que passou incólume.
Já a tragédia atual, nada tem a ver com enchentes do Capibaribe ou de qualquer outro rio, mas sim do alto índice de chuvas que caiu na região metropolitana do Recife, seguidamente durante vários dias, provocando destruição na maior parte dos casos por deslizamento de barreiras que em geral vão atingir residências de pessoas mais humildes, populações mais carentes, que por falta de políticas governamentais adequadas acabam construindo "moradias" precárias em locais em condições de alto risco. Me parece ser esta a razão principal do grande número de pessoas que perderam a vida agora e em outros casos como esse que vez por outra nos atinge, bem como a varias outras cidades do nosso País.
Acho que já falei demais. Porem, se você achar conveniente, pode passar este meu registro para todo o grupo, a guisa de recordação, pois no meu computador não consigo transmitir para muitos ao mesmo tempo.
Abraço
Feijó
Quando Carnauba mandou e-mail direto pra mim do aniversário da cheia de 1966 , veio tudo na minha memória e eu o respondi na hora. Agora com o relato fundamentado de Feijó repito para voces , que quase todos viveram a mesma situação.
"Oi Carnaúba, não esqueço essa enchente: eu fiquei a noite toda em cima de uma árvore. As ruas no entorno de minha casa na Madalena se tornaram afluentes do Capibaribe.Pensando ser problema localizado,acompanhei meu irmão saindo pelo fundo do quintal e passando pelo vizinho para pedir socorro dos Bombeiros. Lá em casa estavam minha tia idosa e outras pessoas.Encontramos com Agenor (estudante de Medicina) que vinha em sentido contrário. Ele dizendo ser bom nadador teve muita dificuldade em atravessar a rua. Como eu disse que não sabia nadar ele me mandou subir na árvore , enquanto meu irmão ia procurar os Bombeiros. Este quase não chegou no outro lado,tanto pela correnteza e por ter levado um choque elétrico. Voltou dizendo que a situação era geral e não encontrou bombeiros. O lembrei de procurar apoio na casa de Ageleu.Passei a noite toda na árvore dentro da casa de Ximenes , onde já tinha 2 pessoas. Muitos passavam nadando e paravam na árvore.Fatos tragicômicos ocorreram.Só sai ao amanhecer resgatado por Ageleu e agarrado num tronco puxado por corda. Fui acolhido na casa dele.A rua continuava um rio.Tinha ganho há 3 meses do meu pai um Gordini Teimoso , que tinha deixado numa rua mais alta que a minha. Ficou coberto pela enchente. "
O Messianismo é uma dinâmica social resultado da crença de um grupo de indivíduos em um libertador enviado por Deus para redimir seu povo. Canudos, na Bahia, em 1896, foi um movimento messiânico, vez que Antônio Conselheiro era considerado um enviado de Deus para salvar o povo nordestino. A Guerra do Contestado, de 1912 a 1916, também teve caráter messiânico: na fronteira entre Santa Catarina e o Paraná o pregador católico, “Monge” José Maria, liderou uma luta em defesa de trabalhadores sem-terra atacados por tropas do governo federal, acenando com novos tempos de paz e justiça.
Campina Grande também teve qualquer coisa parecida. Pouco lembrada, a seita “Borboletas Azuis”, criada pelo místico Roldão Mangueira de Figueiredo, em 1961, foi um movimento messiânico surgido nessa cidade.
Próspero comerciante, nascido em 1905 em Conceição do Piancó, também na Paraíba, ele atuava em Campina Grande, desde 1930, nos ramos de algodão, agave e mamona, até que um incêndio destruiu seus armazéns. Contava ele que, desolado, havia decidido se suicidar, mas que havia mudado de ideia quando São Francisco de Assis lhe apareceu, ordenando que ele se dedicasse à caridade. Passou a realizar em sua casa sessões chamadas Mesas Brancas.
Misturando catolicismo tradicional, espiritismo e protestantismo, o movimento prometia aos pobres uma alternativa para as dificuldades do dia-a-dia. Adquirindo fama de milagreiro, Roldão atraiu uma legião de fiéis que passaram a frequentar a igreja que construiu no bairro do Quarenta, a Casa de Caridade Jesus no Horto. Os “Borboletas Azuis”, vestiam-se de branco e azul. Proibidos de praticar atos considerados mundanos, andavam sempre descalços, “para ter mais contato com a Terra” e eram instruídos pelo místico para evitar cores berrantes, esportes e a medicina. Muitos adeptos desfizeram-se de seus bens para praticar a caridade exigida pelo líder. Em entrevista à época ao Diário da Borborema, Antônio da Silva Maciel, relatou que “era motorista de praça” e que vendera seu carro para entrar na seita. Os adeptos confiavam que estava para chegar o dia em que seria instalado no mundo o reino da paz e da justiça.
Mas Roldão Mangueira havia previsto e alertado seus seguidores que, antes desse advento, um dilúvio se daria no dia 13 de maio de 1980, “para matar todos os pecadores e dar início a um novo tempo”. Disse ele em entrevista publicada no Diário de Pernambuco: “uma enorme bola de fogo cruzará o céu, o Sol girará por três vezes consecutivas, um grande trovão ecoará por toda a Serra da Borborema. Em seguida choverá sem parar por 120 dias”.
Havia quem temesse que a irmandade terminasse em uma tragédia semelhante ao suicídio coletivo provocado pelo pastor norte-americano Jim Jones, em 1979. O mesmo Diário de Pernambuco publicou em 11 de maio de 1980: “A cidade vive dias de expectativas. Nesta semana cresceu a hostilidade da população contra os Borboletas Azuis. As autoridades temem que haja um linchamento dos integrantes da seita...” e, nessa mesma edição, “como medida de precaução, adotada pelas autoridades policiais de Campina Grande, para ser posta em execução no dia do dilúvio, destaca-se o esquema especial de segurança armado pela Terceira Região da Polícia.” Nessa ocasião, Roldão estava sumido, com a imprensa de Campina especulando se ele estaria internado numa clínica psiquiátrica de João Pessoa.
Na data anunciada pelo criador da seita, não houve nem suicídio coletivo, muito menos dilúvio. O dia 13 de maio de 1980 em Campina foi de sol, contrariando a expectativa dos “Borboletas Azuis”. Tendo gorado sua previsão, Roldão Mangueira não viveu por muito mais tempo. Em meio a um jejum a que se obrigara, como forma de penitência, o guia dos “Borboletas Azuis” morreu um mês depois da data do fim do mundo que anunciara.
O Diário de Pernambuco, de 19 de maio de 1980, publicou o cordel de Aldemar Paiva:
O DILÚVIO
O Pastor Roldão Mangueira
gritava na pregação
que na terça-feira 13
ia haver inundação
que acabaria com o mundo
pecaminoso e imundo
do litoral ao sertão.
Causou muita apreensão
a maldita profecia
deixando Campina Grande
na mais completa agonia.
A Casa da Caridade
era o ponto da cidade
pra onde o povo correria.
O dilúvio que viria
na terra só respeitava
a SEITA DOS BORBOLETAS
que prevenida já estava
com jangada e alimentos
boias e medicamentos
que o próprio Roldão juntava
Porém o sol brilhava
na terça-feira todinha
anunciava ao povão
que o dilúvio não vinha.
Já tinha nego equipado
com o barco pronto ancorado
na saída da cozinha.
Vendo a cidade sequinha
e que tudo era besteira
o Roldão adoeceu
e se enrolou numa esteira...
Com a bexiga doente
água morna, fria ou quente
Não teve nem na “mangueira”.
Fernando Ribeiro de Gusmão em 6-6-2022
Nas eleições deste ano precisamos de candidatos que se disponham a apoiar, a ajudar e a preservar a continuidade dos trabalhos da Lava Jato. Essa faxina ética é crucial para a nação brasileira porque um importante fator para a existência da corrupção endêmica que hoje grassa no Brasil decorre dos maus exemplos que, diariamente, são dados pelas autoridades à população brasileira.
Isso, porque, para poderem funcionar, as organizações –desde as famílias, até as empresas ou os países- adotam uma conhecida tecnologia organizadora chamada "Pirâmide de Autoridade". Uma das mais simples dessas Pirâmides de Autoridade é a família, com os pais como chefes e os filhos como subordinados.
Nas grandes entidades, as Pirâmides de Autoridade tomam feições mais complexas, com diversos níveis hierárquicos, onde aparecem presidentes, superintendentes, gerentes, chefes de departamentos e por aí vai, até as camadas mais baixas e simples das organizações, que nas indústrias são chamadas de “chão de fábrica”.
Uma das características mais marcantes das Pirâmides de Autoridade é o chamado "peso da hierarquia", que faz com que comportamentos e atitudes praticados por níveis hierárquicos mais altos atuem fortemente sobre níveis subordinados, obrigando essas posições dependentes da pirâmide a assumir formas e maneiras de comportamento dos seus superiores hierárquicos. Daí surge a conhecida regra comportamental que afirma: "o exemplo vem de cima" e “a palavra induz e o exemplo arrasta”. Vemos, por exemplo, que em famílias em que os pais se comportam de modo civilizado, dando bons exemplos, os filhos crescem de maneira sadia e tornam-se adultos com quem temos gosto de conviver.
Ocorre que, em qualquer sociedade formada por humanos —condomínios, clubes, países, etc.— sempre existem, em diferentes níveis e em diferentes proporções, pessoas “do bem” e, também, pessoas “do mal”. A crise que estamos vivendo no País tem mostrado a mim, a você, a nós, contribuintes, que, infelizmente, a parte podre da sociedade brasileira assumiu os mais altos escalões do governo, sendo, atualmente, maioria no executivo, no legislativo e até no judiciário, tanto na União, como nos Estados e nos Municípios. Assim, nosso sistema político corrupto vem contaminando e condicionando, inclusive, a atividade econômica, provocando desemprego, miséria e dor.
Portanto, a corrupção das autoridades é o fator mais importante que provoca e determina a corrupção dos subordinados. Quando um superior hierárquico não cumpre com a Lei, seus subordinados sentem-se, devido ao "peso da hierarquia", com o direito e, quase, a ”obrigação” de fazer o mesmo. É evidente que tudo isso leva qualquer corporação, empresa ou país ao caos. A autoridade corrupta é, nesse caso, fonte de intoleráveis maus exemplos, que põem a perder uma nação, uma empresa ou o trabalho de educação que uma boa família esteja fazendo.
Em outras palavras, a corrupção das autoridades —aliada ao peso da hierarquia— induz ao mau comportamento da sociedade brasileira em geral, na medida em que exemplos perversos aparecem todos os dias, com ampla difusão pelas redes de comunicação, sejam sociais (exemplo: What’sApp), sejam estruturadas (jornais, revistas e TV).
Como via de consequência, se temos interesse que o Brasil venha a ser um país decente para nossos filhos e netos, é necessário agirmos o quanto antes, no sentido de conseguirmos afastar os criminosos que ora entravam a gestão da coisa pública e que os ocupantes do próximo Governo (que vamos escolher pelo voto em outubro próximo), sejam bons exemplos para a população.
O bom exemplo é mais eficiente que todas as palavras que possam ser ditas, quando interessa obter-se uma modificação de aspectos culturais de um povo. Sem querer entrar no mérito da qualidade do Governo José Sarney, um fato ocorrido naquela gestão parece ser emblemático para exemplificar o poder de uma boa atitude tomada por um Governo e sua repercussão no seio da comunidade.
José Sarney assumiu definitivamente o Governo do Brasil em 21 de abril de 1985, após a morte do presidente eleito Tancredo Neves. Em fevereiro de 1986 a inflação (então, principal problema brasileiro), atingiu níveis de hiperinflação, com 256,08% ao ano. Tentando controlar essa situação, o Presidente Sarney instituiu, em 28 daquele mês, o Plano Cruzado, uma reforma monetária cuja espinha dorsal era o congelamento dos preços (e que, posteriormente, se mostrou totalmente insustentável). No entanto, logo de início, as medidas advindas do congelamento dos preços provocaram um choque positivo na economia, eliminando o “imposto inflacionário” e aumentando o poder de compra da população. Vendo o Governo trabalhar em seu benefício, o povo, de uma forma totalmente espontânea, assumiu o papel de “fiscal do Sarney”, vigiando e atuando no mercado, defendendo o congelamento dos preços. Apoiando o Governo —e a si próprios— grupos se organizaram para buscar gado que produtores escondiam nos pastos e víamos, pela televisão, pessoas envolvidas na nossa bandeira, cantando o hino nacional enquanto fechavam supermercados flagrados aumentando indevidamente seus preços. Em resumo, nesse caso histórico vemos como uma ação positiva do Governo (um bom exemplo), que mobilizou a sociedade, alterou muito rapidamente uma atitude que já era considerada como característica da própria cultura brasileira.
Por tudo isso, precisamos enfaticamente de candidatos a presidente e ao Congresso que se disponham a apoiar, ajudar e preservar a continuidade dos trabalhos da operação Lava Jato. (Fernando Gusmão)
Elizabeth e Fernando, li A Vista Encantada. Fiz uma viagem acompanhado de Dido e Guarda-Roupa e, também, do Amarelinho. Foi uma grande travessia, as novelas me deixaram deslumbrado, difícil foi sair dessa situação. Fiquei atravessado de muitas histórias incríveis. Gostaria de contar a vocês o que se passou comigo, mas isso não é tão fácil assim. Os amigos de vocês se encontram, ou já se conhecem, as afinidades logo e sem perder tempo os enlaçam. As propostas das aventuras são colocadas de imediato em andanças que precisamos de apressar o passo, senão ficamos para trás. Do Riacho fundo até os recantos mais encantadores da serra da Borborema são percorridos por palavras de vocês e pelos pés dos amigos andarilhos. Os novos cruzados tropicais esbanjam disposições românticas pelos lugares e muito respeito pelas pessoas, ricas ou pobres, são pregadores de uma nova vida, do cariri ao sertão. Convido aos leitores, novos ou experientes para caminhar com as letras de Fernando e Elizabeth. Próximo ano, quando for para Campina Grande trabalhar, darei uma esticada até Riacho Fundo, de tapete voador, vendo as belezas das visagens. Loucura coisa nenhuma! Passeio do bom mesmo. Quem pode, pode! Abraços.
É melhor cooperar do que competir?
“Antes, entendia-se que, a partir de uma importância estabelecida, o que quer que uma pessoa ganhasse, a outra perdia. Por conta disso, jogar era visto apenas como uma formalidade. Com o tempo, o fato de haver ganho ou perda e a importância daquilo que estava em jogo se tornaram interesse de estudos (John Nash) ”.
A vida de John Forbes Nash Jr. foi contada no filme Uma Mente Brilhante, de 2001. Ele já havia ganho fama nas Ciências, especificamente na Teoria dos Jogos.
De início, os estudos na área usavam jogos em que os participadores deviriam tomar decisões baseados em escolhas dos seus opositores. Os pesquisadores desenvolveram funções matemáticas que explicariam vantagens ou desvantagens da competição ou da cooperação entre os jogadores. A pesquisa de Nash encontrou o ponto de equilíbrio desse embate entre competição e cooperação, que passou a ser chamado Equilíbrio de Nash.
Um dos mais célebres exemplos das aplicações do Equilíbrio de Nash é o aproveitado no jogo “Dilema do Prisioneiro”, em que dois homens são presos, acusados de terem cometido o mesmo delito. Não há provas contra nenhum deles, que são inquiridos separadamente e animados pela polícia a delatar um ao outro, recebendo em troca a liberdade.
Existiria, então, duas alternativas: calar-se ou acusar o outro. Se os dois se acusam reciprocamente, são, do mesmo modo, condenados; se calam, são libertados. Mas, a suspeição de um implicado sobre a decisão que o outro poderia adotar majora a probabilidade de os dois se delatarem, o que possibilitaria o pior resultado: a prisão dos dois.
A melhor saída para os dois players é a de menor probabilidade, pois exige cooperação cega, dado que eles não dialogam a respeito. Assim, o mais plausível é que eles se delatem, pois ambos têm mais a ganhar apontando o outro.
O Equilíbrio de Nash comprova que nenhum jogador pode melhorar seu resultado com uma ação unilateral. Nesse caso, se um implicado —que tende a acusar o outro— muda por si só sua estratégia e resolve cooperar com a justiça, ele “perde” no jogo e é preso.
O conceito sugerido pelo matemático Nash é basilar na Teoria dos Jogos e é um dos procedimentos mais frequentes nas Ciências Sociais para estimar o efeito de uma troca estratégica.
A partir desse entendimento, o trabalho de John Nash contribuiu para o bom emprego de conceitos genuinamente matemáticos a diversas campos do conhecimento, que apresentem circunstâncias comparáveis a jogos, entre as quais a Economia, a Antropologia, as Ciências Políticas e a Biologia. (Fernando Ribeiro de Gusmão – 20/07/2019).
Colega que nos deixa cheios de saudades de uma pessoa pura, boa, da melhor qualidade. Vamos sentir muita falta dele.
No universo das Letras, Campina Grande concebeu nomes respeitáveis: Dione Barreto, Bráulio Tavares, Jessier Quirino, José Teles e Orlando Tejo, para citar só um quinteto que beijou as flores da Serra. Fernando Ribeiro de Gusmão, outro galo de campina, demonstra o mesmo apelo dos conterrâneos e, tal os tropeiros da Borborema, tem as alpercatas gastas pelo piçarro das trilhas. Nos escritos dedica-se ao conto, gênero insurreto ao império da verborragia, conforme lembra, enfático, Edgar Allan Poe. Este “Contos da Borborema e arredores”, traz duas chancelas expressivas: a da escritora Lourdes Rodrigues, expert na condução de claricianos, e a de Fernando Pessoa, não o do além mar, mas o do aquém, o das Pedras que cantam por aqui. A leitura seduz desde “A rosa de Taperoá” e outros textos que vestem a trama do realismo mágico revelado por um certo Senhor Guarda-Roupa ou que desnudam protagonistas insólitos, em histórias tanto hilárias quanto curiosas, surpreendentes: Frei Chiquinho, O amarelinho cearense (de ascendência chinesa) e a prostituta Dandara. A publicação traz o selo da Editora Nova Presença, projeto visual de Ricardo da Cunha Melo e impressão da Luci Artes Gráficas Limitada. Os exemplares podem ser adquiridos na internet Amazon. *Paulo Caldas é escritor
https://youtu.be/DAmucV3DZV0
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Cristovam Buarque
O Homo sapiens é a mais surpreendente criação da natureza: capaz de inventar sapato e, 5.500 anos depois, deixar um bilhão de seus semelhantes descalços e outro bilhão se endividando para comprar mais do que consegue calçar. Neste período, deixou de jogar pedras com a mão e passou a fabricar bombas atômicas para jogá-las desde foguetes, com a mesma ética belicista do passado.
Sua técnica agrícola passou da plantação manual no solo para tratores robóticos e sementes manipuladas, mas no lugar de distribuir para quem tem fome, prefere jogar fora a comida que sobra dos que podem comprar. Capaz de contar centenas de milhões de votos em minutos, mas incapaz de tomar decisões que levem em conta os interesses de toda a humanidade do futuro.
A natureza criou um animal que evoluiu na lógica ao ponto de manipular a natureza, mas demonstra ser incapaz de regular o uso de sua força de maneira sustentável e decente: um animal com inteligência, mas sem saber usá-la inteligentemente.
O escritor Arthur Koestler parece ter razão com a hipótese de que o Homo sapiens foi resultado de um erro de mutação, ao adquirir um cérebro com lógica que evolui, mas com uma moral que não evolui: a lógica da bomba atômica, a ética da política tribal. O resultado é que, para aumentar a produção, a racionalidade técnica provocou o aquecimento global, mas deixou a ética e a política despreparadas para evitar a catástrofe. Para acertar, a mutação deveria ter impedido o surgimento da inteligência ou dado responsabilidade moral.
Diferentemente dos insetos, que sem consciência da morte se organizam para a sobrevivência da espécie, o Homo sapiens condena-se à extinção na busca de aumentar o tempo de sua vida pessoal com o máximo de riqueza e consumo. A maior maravilha criada pela natureza é uma espécie que marcha para o suicídio, ao usar o poder do cérebro lógico a serviço do individualismo com voracidade de consumir e ganância por lucro.
A natureza que criou a inteligência é vítima dela, porque não é capaz de dominar sua própria força. É como se a evolução das espécies tivesse fabricado um animal que age com efeitos parecidos a um meteoro gigante vindo do espaço em direção à Terra. Outros meteoros estão a caminho há milhões de anos, mas o meteoro sapiens tem apenas 40 mil anos — menos 300, se levarmos em conta sua mutação para o Homo sapiens industrial.
A suspeita de que o Homo sapiens é suicida parece confirmada pelo relatório das Nações Unidas, que detalha as mudanças climáticas que aquecem o Planeta, com a consequente desarticulação da agricultura, elevação no nível do mar, extinção de animais. Apesar de que há mais de 60 anos a humanidade é alertada dos riscos, as políticas nacional e internacional não conseguiram até aqui barrar as catástrofes ecológicas e a desigualdade social em marcha.
As mudanças climáticas mostram que voracidade de consumo, ganância de lucro, poder tecnológico, consciência da morte e política individualista conspiram contra o futuro da humanidade. Nada indica que o poder catastrófico em escala global será controlado pelo voto que reflete os interesses individuais e imediatos do eleitor, não do planeta e da humanidade.
O Homo sapiens, na sua forma industrial, parece caminhar para seu próprio fim. Salvo se usar a biotecnologia e a inteligência artificial para promover nova evolução que fabrique um neo-homo sapiens, forte, inteligente e longevo, e deixe para trás bilhões de neoneandertais, debilitados física e mentalmente, dessemelhantes e passíveis de extinção física, não apenas de exclusão social como atualmente. Se optar pela catástrofe ecológica da extinção ou pela catástrofe moral da ruptura da espécie, o atual Homo sapiens e sua humanidade deixarão de existir. Koestler teria tido razão: por um erro de fabricação, o Homo sapiens é a única espécie programada para o suicídio, afogado nos produtos de sua inteligência irresponsável.
Felizmente, ainda há esperança de que a inteligência pode despertar sua própria irresponsabilidade moral, a falta de valores éticos comprometidos com a sobrevivência da espécie: o uso de tecnologia a serviço de todos buscando um desenvolvimento harmônico entre os seres humanos e deles com a natureza. Ainda há esperança, mas a história das últimas décadas parece dar razão a Koestler e justificar um réquiem ao Homo sapiens.
(por Paulo Caldas)
Publicado em 26/07/2021 por Revista algomais às 6:46
Uma prosopopéia lúdica ou uma “loucura imaginosa’’, como diria Maximiano Campos ao folhear este “Vista encantada”, composto pelo talento, em dose dupla, de Maria Elizabeth Freire e Fernando Gusmão.
Personagens se destacam pela sublimação do insano. A narrativa transcorre com predominância na primeira pessoa, abraçada ao lúdico, ao uso da linguagem telúrica, sem, todavia, apelar para o artifício do escrever errado para certificar o dizer dos não letrados, um aspecto elogiável no labor de quem enfoca as artes dos grotões.
Chama a atenção habilidade das conexões sutis, entrelaçadas, qual siamesas, entre as doidices de Guarda-roupa e Dido, o falar sofisticado de um ou de outro, contudo, confere exotismo e inibe autenticidade, quando aqui e ali é notada a ausência do coloquial na voz dos protagonistas.
No entanto, tal pecado sucumbe à criatividade no tratamento dos “causos” nascidos da verve dos autores. Não obstante a perene insanidade, digressões históricas surgem no vai e vem, no sobe e desce da burrama, vislumbrando ainda caracteres geográficos, um misto de crendices de mãos dadas com o sagrado e o profano, além de aspectos sociológicos.
Com prefácio da escritora Lourdes Rodrigues e projeto visual de Ricardo da Cunha Melam, o livro foi editado pela Nova Presença e impresso na Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos no www.amazon.com.br.
*Paulo Caldas é Escritor
Em 1958, vindo do colégio Estadual de Campina Grande, fui admitido no Colégio Estadual do Recife para fazer o 4o ano ginasial. Na classe havia um notório perturbador da ordem pública nosso colega Ronaldo de Godói e Vasconcelos, vulgo Dôrado. No ano seguinte veio se juntar a nós outro colega: José Marcos Menezes, o popular Pará. Nesse mesmo ano,nosso professor Manuel Correia de Andrade, um dos mais destacados geógrafos brasileiros, submeteu-se a um Concurso Público para a Cátedra de Geografia do Colégio, então ocupada pelo Prof. Hilton Sette. Para ingressar no Colégio, o candidato teria que defender, publicamente, uma Tese. A tese de Manuel Correia foi "O VALE DO SIRIJI- UM ESTUDO DE GEOGRAFIA REGIONAL". Esse trabalho primoroso tornou-se um clássico da Geografia brasileira.
O professor André Roberto da Silva Pinto, no seu trabalho “A Formação de Engenheiros em Pernambuco: Algumas Histórias” , editado pela Unicamp, em 2015, registrou:
“A escola de Engenharia de Pernambuco - EEP tinha a fama de ser uma escola rigorosa e essa característica não dizia respeito apenas ao rigor de seu corpo docente, mas à organização geral da instituição. Os comentários sobre essa rigidez extrapolavam as paredes da Escola. Segundo Roldão Gomes Torres (2008, p. 46), particularmente quando Moraes Rego era o diretor, ―dizia-se na cidade, nas brincadeiras dos boêmios e nas mesas de bar, que só existiam duas coisas sérias no Recife: o jogo do bicho e a Escola de Engenharia”
Os 50 anos da turma de 1966 da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foram comemorados, na manhã desta quinta-feira (17), no auditório da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), no Bongi. Na solenidade, marcada pela emoção e pelo sentimento de amizade que uniram os, então, estudantes em busca do tão sonhado grau em Engenharia, os professores foram homenageados e, juntos, celebraram as conquista das cinco décadas.
Como não poderia deixar de ser, a cerimônia foi prestigiada pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Evandro Alencar, pelo diretor presidente da Chesf, José Carlos de Miranda, pelo diretor do Centro de Tecnologia e Geociência da UFPE, Afonso Henrique Sobreira, pelo presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco (CEP), Alexandre Santos, pelo presidente do Memorial de Engenharia de Pernambuco, Maurício Pina, e pelos professores homenageados Antonio Carlos Aguiar, Antonio Feijó de Melo, Francisco das Chagas e Mário Antonino.
Primeiro a falar, José Carlos de Miranda falou da satisfação da Chesf de receber um evento deste porte. “É uma honra, privilégio e satisfação recebermos em nossa casa, a celebração de 50 anos de uma turma que trouxe tantas contribuições para esta casa. Tivemos nela dois presidentes de Chesfs, além de vários chesfianos, que contribuíram para o crescimento, desenvolvimento e fortalecimento desta Companhia”, destacou.
Em seguida, Lucila Lins, organizadora das comemorações, fez um breve relato em homenagem a turma. “Hoje é um dia muito feliz, cheio de emoções pelo nosso reencontro, pois a saudade cresce proporcionalmente ao nosso período de formatura e sairemos desta solenidade alegres e reconfortados”, afirmou Lucila.
Em sua fala, ela ainda relembrou os momentos da colação de grau, realizada em 17 de dezembro de 1966, no Teatro de Santa Isabel. “Os corações batendo desordenamente enquanto recebíamos o diploma das mãos do nosso saudoso diretor da Escola de Engenharia, Ivan Loureiro, paraninfados pelo discreto e renomado professor Newton Maia.
Estou residindo na Rua Demócrito de Souza Filho, antiga casa do meu pai, que trocamos por área construída.
Faz falta o Carnaval que deveria estar chegando e não chegou. Faz falta o Carnaval enquanto necessária segunda vida do povo. Faz falta o Carnaval como liberação temporária da verdade dominante, da seriedade unilateral, da ordem cristalizada.
Explico: o reinado de Momo é, antes de mais nada, uma outra vida, festiva, baseada no riso. Festa que traz para o concreto, para o plano terra-a-terra dos frevos, marchas e maracatus, tudo aquilo que se diz elevado, teórico, ideal e abstrato.
Sim! O Carnaval foi feito para quebrar a lógica formal das coisas. Nessa festa estamos como que “autorizados” a passar ‘ao avesso’, ‘ao contrário’, permutando o alto com o baixo. É, por isso, uma segunda vida do povo construída como paródia da vida corriqueira, como um ‘mundo ao revés’, com sua linguagem cheia do lirismo da alternância e da renovação, da efetiva consciência e da alegre relatividade, tanto das verdades, como das autoridades.
Pré-adolescente em Campina Grande brincava os carnavais em dois tempos: havia as matinais e matinês carnavalescas do Campinense Clube e do Clube 31, esperadas oportunidades de —armados das imprescindíveis lança-perfumes Rodouro e de uma máscara de plástico para proteger os olhos—ensaiarmos nossas primeiras conquistas, nossos primeiros “pegar na mão”, primeiros namoros. Mas havia, também, o inesquecível “Los Cocôs del Louro”. Era um bloco? Uma troça? Sei não.
Só sei que Los Cocôs del Louro era um animado grupo de amigos, liderado por Luiz Mota, um dos filhos do dono do curtume. Nas manhãs dos dias de Momo, nós, rapazes “de boas famílias” de Campina, saíamos nesse bloco todos vestidos com um mesmo modelo de macacão vermelho-cheguei, com falsos bigodes, barbas e cabelereiras, ou com as caras pintadas feito palhaços ou pierrôs apaixonados.
Assim trajados, íamos de casa em casa, —antes devidamente acertadas— a filar comidas e bebidas, com nossa batucada de surdos, caixas e taróis animando os anfitriões, maiorais da cidade, inclusive meu avô, seu Ribeiro, o Brahma-Quente.
Para agradecer a acolhida e os tira-gostos servidos, era tradição terminar a visita tecendo potocas e largando, ao som da charanga, quadras, improvisos e arremedos, expondo possíveis e impossíveis “descompassos” do dono da casa, da sua família ou dos seus amigos. Não valia falar “de bem”. Mas, tudo sempre numa boa, sem perda de compostura. Todos gostavam das presepadas que, fora do tom, gritávamos e cantávamos. Ninguém reclamava: era carnaval!
No tríduo momesco, a “concepção estética da vida” é, assim, inusitada e intimamente picaresca. São dias “de deboche ritual”, como lembrou um dos nossos primeiros cronistas, o carioca João do Rio.
***
Desde a década de 1970 a mineradora hoje denominada Braskem extrai salgema na orla lagunar da Lagoa Mundaú – Maceió, Alagoas, insumo para a produção de cloro-soda e demais subprodutos, PVC e soda cáustica. A jazida de salgema se encontra na profundidade da ordem de um quilômetro, sob diversos bairros lindeiros à lagoa Mundaú, e ao Pinheiro situado cerca de 55 m acima da orla lagunar.
Ao longo dos últimos vinte anos era frequente a ocorrência de fissuras, trincas e rachaduras, recorrentes, em edificações diversas situadas na zona superior, Pinheiro, e muitos reparos estruturais e de fundações foram ali executados. Na última década o Pinheiro tornou-se numa área de expansão imobiliária e ali foram construídos vários prédios de porte. A partir de 2018, após chuvas intensas e um tremor de terra, decidiu-se estudar, em profundidade, as causas desses eventos e concluiu-se que os bairros envolvidos, onde habitavam cerca de 30/40 mil pessoas, estavam sob processo de subsidência (abatimento) decorrente da extração de salgema, a indústria foi paralisada, e esse imenso contingente de pessoas teve de buscar novas moradias sob o patrocínio da Braskem, e milhares de edificações foram interditadas, muitas já demolidas.
Estive envolvido com as comunidades que me convidaram para ajudá-las, e assim procedi de forma gratuita. Descobri, em 2019, um relatório que há meses estava engavetado com o carimbo ‘SIGILOSO’, que já requeria providências, e o divulguei em uma audiência pública com instituições municipais, estaduais e federais. Por essa razão o meu nome foi pescado por pesquisadores alemães, hoje meus amigos, que buscavam dados para estudos do caso.
Esse resumo explica o porquê de eu estar repassando para todos os grupos, o trabalho que recebi há dois dias dos novos amigos estrangeiros com os quais mantenho contato desde 2019. A eles agradeço o empenho e as atenções recebidas. Quem desejar se manifestar, debater ou perguntar pode a eles se dirigir, mesmo em português, ou me enviar mensagens.
Aos colegas de todas as áreas o caso de Maceió serve de alerta para não corrigir danos em edificações sem estudos abrangentes que justifiquem as suas causas.
Abraços caetés
Marcos Carnaúba
Eng.º Civil Crea 3034 D - PE/FN
CONFEA R.N. 180160565-3
Tels. 82.99981.6748
E-mail:marcarnauba@gmail.com
Maceió - Alagoas - Brasil
Skype: marcarnauba
https://www.nature.com/articles/s41598-021-87033-0
Utopias, paradigmas, narrativas
Quando eu nasci, em 1943, eram oferecidas três narrativas (utopias) aos seres humanos para que delas escolhessem uma: “a narrativa fascista, a narrativa comunista e a narrativa liberal.” Em 1968, restavam apenas duas: a utopia comunista e a utopia liberal, já que a narrativa fascista havia sido destruída pela segunda guerra mundial. E, mais à frente, em 1998, com o desmantelamento da URSS, uma única narrativa sobreviveu: a Utopia liberal. Muitos aplaudiram e se deram por satisfeitos. Mas, em 2008 foram necessárias pesadas intervenções estatais para salvar o mercado financeiro internacional. Constatou-se, como comentou, naquela ocasião, um famoso ganhador do prêmio Nobel de Economia, que “se deixarmos o Mercado sozinho, ele pula pela janela” E, efetivamente, em 2018, após a vergonhosa crise de Wall Street, chegamos ao fim da Utopia liberal. Portanto, das utopias existentes em 1938, nada restou. Felizmente é possível observar a emergência recente de elementos de uma utopia nova: o Paradigma do Cuidado, necessário para dar conta do Coronavírus e sustentado no reconhecimento da alteridade, reconhecimento que tem na empatia natural dos homens sua raiz mais profunda. Como diz o filósofo Bernardo Toro, “precisamos deixar de ser uma sociedade orientada somente pelo êxito, pelo vencer, pelo ganhar. Nosso novo paradigma precisa ser o Cuidado. Saber cuidar, saber fazer transações ganha/ganha e saber conversar. Não mais uma inteligência guerreira, mas sim uma inteligência altruísta.” Solidária e cooperativa, onde como sintetizou Leonardo Boff, “quem ama, cuida e quem cuida, ama”. (Fernando Ribeiro de Gusmão)
Viagem da nossa turma de mecânica para visitar Paulo Afonso, e Mataripe. Foto no Iate Clube de Salvador. O professor Edgar Gonçalves nos acompanhou nessa viagem.
Copie e cole na janela do seu navegador o link abaixo para assistir ao lançamento virtual do livro Escrituras VI, todo abismo é navegável.
https://youtu.be/f7C9MUoGxks
Parabéns Sostinho pelos 78 anos de Santidade, um dos melhores e maiores colegas durante os cinco anos de faculdade e o único que tomamos para padrinho de nosso casamento, junto com Luiza com quem já havia casado bem antes de mim. Lembro de seu casamento e da recepção na casa de seus pais, do tempo em que frequentamos a primeira residência do casal em Boa Viagem e dos nascimentos dos filhos.
Como foram marcantes suas participações discretas, mas contantes e aglotinadoras, dele e Luiza, em todos nossos encontros de engenheiros de 66 e nas reuniões preparatórias no Cabanga e em nossa residência.
Tenho saudade em especial do encontro em Gravatá com a dança da xxxx, que contagiou até o então governador de Brasília que dispensou o segurança para cair na gandaia conosco, madrugada a dentro. Seu destaque, junto com Roberto Gomes Dias, como coadjuvantes das missas de ação de Graças da turma na igrejinha de Boa Viagem e de um dos Réveillon que promoviamos em nossa residencia na várzea que ele levou toda sua família, inclusive Dona Lourdes e que romperam ano conosco também nosso saudoso Marco Juno com Cristina, Alcântara com Graça , Cristóvão com Gladys que fui apanhar no AP de Fernando Lira onde estava hospedado.e entre uma centena de convidados, não recordo mais se Wiuton com Idialeda e quantos mais colegas engenheiros de 66 amanheceram o dia e tomaram café conosco.
Sostinho e Luiza, o tempo passou, o nosso tempo passou, os avanços científicos aposentaram nossa velha mecânica, a robótica e a mecatrònica reconfiguraram as linhas de linhas de produção reduzindo e até dispensando o trabalho braçal,
As conquistas tecnológicas encurtaram distâncias e explodiram as informações e comunicaçôes, gerando desinformação e invasão de privacidade.
Os homens e seus inventos viraram deuses que abominam e relegam o sagrado e as religiões.
Os valores morais, éticos e comportamentais não têm o rigor e respeito de outrora.
A juventude atual está carente de Deus, de fé e amor, delimitando seus limites, riscos e poder.
Enviado do meu iPhone
Heide, nossa guia na Austria durante nossa viagem da ECEME66. Na foto ela está com o marido Martim, ex-vice presidente da ITT, e o filho Matthias com esposa e filhos.
Amigo Gusmão, recebi hoje este email da nossa guia na Austria durante nossa viagem da ECEME66.
Acho válido colocar no site. Na foto ela está com o marido Martim, ex-vice presidente da ITT, e o filho Matthias com esposa e filhos.
Abraço.
Marcelo.
We had a busy summer since our daughter “moved inl” with her family for 9 weeks. They were overwhelmed with chores (and no nanny), both working in demanding jobs, a very active 4 year old and one 7, virtuell schooling - and of course I LOVED to have them! Good to have a house with 4 bedrooms!
Later in August Martin and I could leave to visit family in Vienna since we have 2 passports, EU and USA. That was a very fine time, able to see friends and sit in restaurants - in stores only to wear a MASK!
October we visited Matthias &Co in San Francisco - they are ok too but the city lost a lot of glamour - no life Downtown since everybody works in Home Office. I’ll Send a photo later.
Now we are in Lockdown stages, also here in Michigan - it’s getting boring! So far we have avoided the virus but hardly mingle with people.
12/17 we’ll fly to Florida and also expect the family of our daughter to arrive - they will be driving from Charlotte, N.C.
“Rules and regulations” change so often - and are different in other States - I still hope nobody will get sick.
We heard a lot on TV about Brasil/ Covid/ the president ....but it seems to have ebbed now .... news on TV here are only about the last election &Trump and now the send off of the vaccination! Have to watch BBC to know what’s going on in the rest of the world (and I read the Austrian Newspaper on the Internet!)
Lets all hope to stay safe and healthy - we wish you a Merry Christmas - with family and friends and look forward to 2021! Looking forward to hear your news!
Big hug, Heide & Martin & Co
O Recife tem uma bela história sobre Maurício de Nassau, até o caso de ele ter propalado faria um boi voar. Montou um sistema de roldanas com cordas, encheu um couro de boi com serragem ou algo parecido, esperou a noite chegar e muitos assistiram ao espetáculo sob luzes difusas. Como o colega Márcio Aguiar, da Jatobeton-Recife, me enviou uma gravura da ponte do Imperador - lembro-me bem dela porque por ali passava com frequência nos meus tempos de estudante na UFPE. Feita de ferro batido.
Oi!
Os originais do meu livro de contos, que irá para o prelo até o final do ano, está no endereço:
https://documentcloud.adobe.com/link/review?uri=urn:aaid:scds:US:c79dd560-ef55-483f-9665-4b6f9095b213
Agradeceria comentários críticos:
fgnassau@icloud.com
Em 2015 publiquei em Portugal “A Empresa Privada no Divã”. O segundo capítulo do livro trata do fenômeno genérico da “Mudança”, tão presente em nossas vidas e tão pouco entendido. Nesses tempos de Pandemia, quem se interessar pelo assunto poderá acessá-lo no endereço:
No dia 22 de março passado, este blog completou 14 anos de vida. Parece brincadeira, mas é verdade. O blog surgiu por conta da necessidade do registro das providências que começavam a ser tomadas por uma comissão de colegas objetivando a festa dos nossos 40 anos de formados. O sucesso da festa levou a que o blog continuas até hoje.
Sua primeira publicação foi a ata contendo as providências que estavam em curso naquela ocasião:
COMISSÃO ORGANIZAÇÃO DA FESTA DOS 40 ANOS DE FORMADOS, DA TURMA DE ENGENHEIROS DE 1966, DA ESCOLA DE ENGENHARIA, DA UNIVERSIDADE DO RECIFE.
ATA DA REUNIÃO REALIZADA NO CLUBE PORTUGUÊS DO RECIFE, ÀS 20,30 HORAS DO DIA 22/3/2006.
Presentes:
Lucila Lins Boudoux Jatobá
Wilton Jansen e Leda
Passos Lima
Roberto Dias
Marco Juno e Cristina
José Hairton
Jaime Galvão e
Fernando Gusmão.
Ausentes:
Sósthenes Ramos Corrêa
Homero Andrade
Assuntos Tratados:
De início, Lucila leu e reforçou o e.mail de Fred Robalinho nos convidando para o encontro do dia 22 de abril em Petrópolis.
Em seguida, Wilton apresentou e teve aceita sua proposta de que fossem sucessivamente tratados, nesta Reunião, os seguintes assuntos: (a) local da festa dos 40 anos, (b) data da festa e (c) programa do encontro.
Nesse sentido foi também unanimemente aceito que seriam procuradas soluções que visassem sempre a possibilidade de termos em nossa festa o maior número possível de colegas.
Depois de discutidas diversas opções, chegou-se a um primeiro modelo do evento a ser submetido aos colegas a quem temos acesso, conforme apresentado a seguir:
As comemorações dos 40 anos de formados começariam numa quinta-feira, com uma missa de ação de graças na Igreja de Casa Forte, às 19 horas, seguida de um jantar de boas vindas em um local próximo à Igreja, ainda a ser definido. (A comissão irá visitar o Espaço Alberto Cunha Melo, lembrado por Jaime, e Lucila sugeriu fosse também avaliado o buffet de Melquiades, na Praça de Casa Forte).
Esse jantar seria festivo, com música ao vivo. Para esse jantar seriam convidados 4 dos nossos ex-professores, um de cada uma das modalidades, a serem escolhidos pelos colegas dos diferentes cursos, para serem homenageados com uma placa comemorativa. Idem com relação a Nicinha.
Na sexta-feira pela manhã haveria o deslocamento para o Hotel Salinas, de Maragogi, Alagoas, cerca de 140 km do Recife, onde estaríamos com acomodações contratadas a partir do meio-dia da sexta. (Foi sugerida e ficou de ser estudada a contratação de vans ou microônibus para levar e trazer os colegas que quisessem, do Recife ao Hotel). Tarde livre e à noite, serenata.
No sábado, manhã e tarde livres para curtir o encontro e os reencontros. À noite, haveria o ponto alto das comemorações com o jantar dançante.
No domingo, manhã livre, almoço e retorno ao Recife, Maceió, etc.
Quanto à data do evento, poderia ser: 23/24/25/26 de novembro ou 30/11, 1/2/3 de dezembro ou 7/8/9/10 de dezembro, dentro da conveniência da maioria dos colegas.
A Comissão ficou de passar um fim-de-semana (29 e 30 de abril) no Hotel Maragogi para checar o local e negociar preço do hotel, contratação de conjunto musical, seresteiro, etc. Nessa oportunidade, os colegas de Maceió serão contatados para se juntarem à Comissão, principalmente Quico que conhece o dono do Hotel.
Jaime Galvão ficou de desenvolver um estudo para edição de uma brochura com retratos e informações biográficas de todos os colegas para ser entregue a cada um dos participantes no Jantar de Boas Vindas.
No Hotel Maragogi seria montado um painel com fotos (antigas e novas) e material que os colegas quisessem divulgar.
Seriam confeccionados kits do evento (camisa, boné e chaveiro) a serem distribuídos também com os colegas. Wilton e José Hairton vão estudar as soluções gráficas, inclusive logotipo, e combinar com Alcântara respectivas confecções.
José Hairton sugeriu que a Comissão fizesse um orçamento prévio do evento e, daí, propusesse uma contribuição mensal que cada um dos colegas participantes passaria a pagar de agora até o mês de novembro para financiamento do encontro.
Lucila e Jaime prepuseram que fosse estudada a possibilidade de se fazer uma festa de Santo Antonio, em junho, como uma espécie de prévia da festa do fim do ano, enfatizando a presença das famílias dos colegas nesse evento.
Lucila fez ainda uma sugestão relativa à promoção de uma festa junina que sempre foi uma tradição nossa na Escola de Engenharia, com a quadrilha ensaiada todos os anos.
Finalmente a Comissão ficou de fazer uma próxima reunião de trabalho e acompanhamento às 20 horas, do dia 18 de abril, no Cabanga Iate Club.
Recife, 22 de março de 2006.
A Comissão.
Cícero Venicius dos Santos Chianca disse:
Estou contente de ter localizado o blog do colega da mecânica, Fernando Gusmão. Estive lendo vários relatos sobre os encontros da turma e vendo fotos colegas que sempre se fazem presentes.Fica ai registrado meu atual e-mail: ...
18 de Maio 2020, 00:32 em A SECA EM ALAGOAS
"Maravilha, da turma que ví o nome conheço bem Marcos Carnaúba que mora em Maceió, e outros de nome, é um prazer encontrar ex alunos de papai, assim como eu. Só uma curiosidade, Burle Max que é citado pelo Jardim de Brenand, era tio avô de minha mãe, e quando de sua morada em Recife, morou na casa de minha avó, Laura Burle, com minha mãe inclusive. Ví que o Senador Cristovão Buarque foi da turma de vocês, sabia que tinha sido aluno de papai, mas não o ano, muito atencioso, já politico de destaque nacional, sempre que vinha a Recife ligava para meu pai."
Hoje é o aniversário do nosso prezado colega e amigo Marco Veloso. Grande companheiro da turma de 1966, passou a ser conhecido como Marco Serrote pelo seu hábito de serrar cigarros dos colegas.
Posteriormente, ganhou outro apelido: de “Fogão” pela forma esporrenta de discutir as coisas.
Ainda na época da Escola de Engenharia comprou um jipe já bastante usado. Certo dia fizemos uma ligação direta e roubamos o jipe e fomos passear pela Rua Nova. De outra vez escondemos o jipe num beco lateral do prédio de aulas práticas. Além de outras presepadas da mesma natureza. Marco ficava brabo soltando palavrão com todo mundo, mas, ao final, terminava rindo com todos.
O fato é que Marco sempre foi e será um grande colega amigo e solidário de todos os momentos, independentemente de opiniões e situações financeiras, políticas ou ideológicas.
Grande Serrote.
Um grande e afetuoso abraço.
WWW.GAZETADEALAGOAS.COM.BR
MACEIÓ, DOMINGO EDIÇÃO DE 10 DE DEZEMBRO DE 2016 OPINIãO » MARCOS CARNAÚBA – ENGENHEIRO CIVIL E CONSULTOR
A SECA EM ALAGOAS
Foram décadas de lutas em defesa do sertão alagoano, gastando o meu tempo e um pouco do saber que adquiri com muito estudo e dedicação. Embasado em pesquisas do Professor Carlos Girardi, do CTA-Centro Técnico Aeroespacial, que previa um longo período de seca no Nordeste, 1979 a 1985, carreguei nas costas, até há poucos anos, o projeto do Canal do Sertão, de autoria do IPT-SP, vendo ali a saída para a região semiárida alagoana. Raros davam-lhe valor, e muitos o combatiam de forma ferrenha com argumentos vis, sem apresentarem alternativas. Políticos não demonstravam interesse, assim como os demais sertanejos que viam no projeto o benefício latifundiário, enquanto eu trabalhava com o colega alagoano, Wellington Lou, autor do Projeto Executivo, mudando o traçado original para beneficiar o sertão quase todo e não somente a bacia leiteira.
Fiz apresentações sertão afora, para governos diversos, ministro, até conseguir convencer o também meu ex-aluno de engenharia, Governador Ronaldo Lessa, a continuar a implantação do Canal do Sertão, obra iniciada pelo Governador Geraldo Bulhões.
Foi uma luta muito longa e desgastante. Transformaram um projeto técnico em projeto político a ser concluído em vinte anos, e me afastei do Canal para não me indispor com secretários que ora diziam o sertão não precisar de água, ora queriam os recursos – alocados – para dinamizar o turismo litorâneo porque o sertão nada produzia.
Hoje, com cerca de cem quilômetros plenos de água, o Canal continua sem estrutura de gestão, mas os sertanejos da área ora beneficiada dizem que o sertão está um céu, esquecendo, como sempre, que faltam cerca de cento e cinquenta quilômetros para a água chegar em Arapiraca, o objetivo maior. Nesse trecho tudo feneceu, as águas secaram, o sertanejo ora migra para estados do Sudeste, o gado minguou gerando desemprego e a falência socioeconômica regional.
O Presidente Temer vem aí. Não mostrem a ele somente o trecho concluído do Canal. Mostrem, também, a miséria instalada fora de sua área de influência atual, e o açude Bálsamo – Palmeira dos Índios – com seus dezenove bilhões de litros de água potável, cheio desde 2007 sem serventia para Alagoas, mas beneficiando o vizinho estado de Pernambuco.
Prefeitos! Não se apequenem! Impõe-se decretar Estado de Calamidade Pública, por exaustão de água naquela região.
Parodiando o saudoso médico e amigo Ib Gatto: em Alagoas não é para se fazer nada; o seu chefe não sabe fazer; e a você, o técnico que sabe, o fazer não lhe é permitido.
Prezados colegas,
Quem se interessar sobre uma história de ficção mas que tem conteúdos realistas sobre os grandes riscos do planeta Terra segue o livro de ficção científica publicado no Amazon cujo título é::
Amazonas: Uma Misteriosa Conexão com o Universo
Link do livro:
https://www.amazon.com.br/Amazonas-Uma-misteriosa-conex%C3%A3o-Universo-ebook/dp/B082XHNDCB
Para quem não pretende adquirir o livro no Amazon, também estou publicando periodicamente cada capítulo do livro na plataforma Watpadd.( https://www.wattpad.com/user/FredericoBarros9)
Boa leitura,
Frederico Robalinho
Com a colaboração de Marcos Carnaúba
"A fantástica Casa de Ferro (Iron House), da família Brennand, no Recife. Trata-se do único casarão do Brasil constituído predominantemente de ferro fundido. Foi projetada na Bélgica e fabricada no estado da Louisiana nos Estados Unidos. Ainda no século XIX, foi trazida para o Engenho São João, atual bairro da Várzea na capital pernambucana. A casa, cercada por um jardim de Burle Marx, habitada e de difícil acesso, está situada dentro dos domínios da família Brennand, nas proximidades da Oficina Cerâmica Francisco Brennand. (Engº Paulo Cordeiro)"